segunda-feira, 31 de agosto de 2015

PARTE V - O DELICIOSO CROQUE MONSIEUR

O croque monsieur é um prato icônico francês que na realidade é um sofisticado e delicioso sanduíche de queijo e presunto gratinado. Mas nem todo misto gratinado é um croque monsieur. Claro que não, portanto alguns segredos existem para um verdadeiro. Queijo e presunto juntos são uma combinação perfeita para muitos pratos saborosos. Mas juntos no croque monsieur, ou no vulgarmente apelidado croc messier, são perfeitos.
O dicionário Larousse Gastronomique admite que o famoso croque nada mais é do que um sanduíche quente, feito com duas fatias de pão de forma ou brioche sem casca, com manteiga, rechado com fatias finas de presunto e queijo Gruyère. O crédito da invenção é dado a um café/ bistrot no Boulevard des Capucines em Paris, no início de século XX. Não há referência nesse dicionário à menção dessa magnífica iguaria no segundo volume de "À la recherche de temps perdu", de Marcel Proust. 
Marcel Proust menciona essa iguaria no livro: "À l'ombre des jeunes filles en fleurs" na seguinte frase - Or, en sortant du concert, comme, em reprenant le chemin qui va vers l'hôtel, nous nous étions arrêtés un instant sur la digue, ma grand-mére et moi, pour échanger quelques mots avec madame de Villeparisis qui nous annonçait qu'elle avait commandé pour nous à l'hôtel des croque-monsieur et des oeufs à la crème....", isso em 1919.
Dizem que o dono desse café tinha reputação de ser canibal, fama inventada pelos seus concorrentes, invejosos de seu sucesso. Num dia em que não tinha mais baguette ele resolveu usar um pão de forma tostado no forno e quando perguntaram de que era feito esse sanduíche respondeu gaiato: "de la viande de monsieur!" (da carne do senhor). Isso explicaria a origem do nome que significa literalmente senhor crocante. O croque madame leva o acréscimo de um ovo frito por cima.
O café se chamava "Le Trou dans le Mur"e a inspiração do prato é anglossaxônica, sendo uma adaptação melhorada do Welsh Rarebit inglês, que leva apenas queijo como recheio. 
O Welsh Rarebit tem o nome derivado de coelho do País de Gales, uma gozação dos ingleses aos primos de Gales que comiam queijo porque não tinham dinheiro para comprar carne de colho. Enfim é um delicioso sanduíche, rápido de ser feito, que se acompanhado de salada passa a ser um jantar. Vamos falar dos ingredientes evitando as variações sobre o tema que é delícia demais para ter acréscimos.
O queijo deve ser Gruyère, não só pelo sabor mas porque derrete de forma magnífica. Poderia ser Emmental, que também derrete bem e tem uma vantagem: é mais barato. Por favor, nada de outras invenções que já foram tentadas tipo queijo suiço ou mozzarella, que derretem muito bem mas não tem sabor, nem sal e ainda tem muito gosto de leite.
O presunto deve ser um bom presunto sem gordura, em fatias finas, tipo presunto Royale no Brasil. Em Portugal é fiambre, porque presunto é o presunto tipo Parma.
O Molho Bechamel é o que diferencia um croque de um misto plebeu.  O bechamel é um molho branco temperado, nesse caso com sal, pimenta e noz moscada. Tem variações com mostarda. E queijo Gruyère ou Emmental ralado que pode ser misturado a um pouco de parmezão. Vamos a uma receita próxima da francesa e que aqui em casa ficou divina.

Ingredientes para dois sanduíches:
- 50g de manteiga amolecida
- 4 fatias grossas de pão branco sem a casca (pão de forma ou brioche) - acho que ficaria ótimo com nosso pão Recife, em Recife.
- 75 queijo Gruyère (pode ser Emmental)
- 4 fatias de presunto tipo Royale (fiambre em Portugal)
Molho Bechamel:
- 200 ml de leite
- 1 colher de sopa de manteiga
- 1 colher de sopa de farinha de trigo
- noz moscada em pó ou ralada
- sal e pimenta a gosto (sempre uso pimenta preta moída)
- 30g de queijo Gruyère ralado
- algumas receitas usam um pouco de mostarda pelo sabor. Não uso.
Como fazer:
Primeiro passar manteiga em um lado de cada fatia de pão.
Fazer o molho bechamel: derreta a manteiga em fogo brando, numa panela pequena e acrescente a farinha de trigo mexendo muito para não formar grumos, por cerca de um a dois minutos. Isso se chama criar um "roux".
Quando estiverem ligadas acrescente o leite aos poucos e cozinhe em fogo baixo (6 a 8 minutos) até que a mistura fique lisa e espessa o bastante para passar no pão. Tempere com noz moscada, sal e pimenta. Coloque o queigo Gruyère ralado e deixe derreter.
Ligue o forno em temperatura alta (180 a 200º).
Colocar metade das fatias de pão em uma assadeira (melhor com papel manteiga). Duas fatias de presunto em cada e o queijo gruyère em fatias ou ralado. Coloque em cima a outra fatia do pão e por cima uma generosa quantia do bechamel, tipo duas colheres de sopa em cada. 
Minha variante: uma também generosa quantia de queijo Gruyère ralado em cima.
Prontos para assar no forno.

No forno. Coloquei mais queijo ralado em cima.
Asse até que o bechamel esteja fervendo e gratinado, por cerca de 4 minutos.
Sirva quente.

Algumas receitas usam mostarda no bechamel, como Jamie Oliver ou Waitrose. 




Outras receitas como as da Saveur ou de Raymond Blanc passam a mostarda na fatia do pão antes do presunto. Essas são variações aceitáveis, mas não façam um croque havaiano (com pedaços de abacaxi) ou provençal (com tomate). Ou até podem fazer mas não chamem de croque monsieur.
Os dois lados do croque tem que ser gratinados, ou numa frigideira com manteiga ou no forno quente, como faço. 



Delicioso!
Poderia ser maior e mais bonito. Mas o sabor....divino.
Saveur coloca a fatia do pão com o presunto e o Gruyère no forno quente por 2 minutos para derreter o queijo antes da segunda fatia de pão e do bechamel. Aí o forno quente é usado por 5 minutos. 




Essa é uma boa opção porque às vezes na maneira mais simples o queijo de dentro não fica tão derretido.

Receita de Felecity Cloake.

Croque Madame - Jamie Magazine.
Croque Madame (Saveur)

Buttery Croque Monsieur (Waitrose).


Making off:


Cortando o pão de forma - sem a casca.

Manteiga, um bom presunto, queijo Gruyère ou Ementhal ralado.

Preparando o béchamel.

Com o bechamel, mais queijo ralado no forno.
Saindo do forno. Delícia!

Referências:
Croque Monsieur: https://pt.wikipedia.org/wiki/Croque-monsieur
Felicity Cloake: 
http://www.theguardian.com/lifeandstyle/wordofmouth/2012/jul/05/how-cook-perfect-croque-monsieur
Jamie Oliver: http://www.jamieoliver.com/magazine/recipes-view.php?title=croque-madame-1

Marcel Proust: https://fr.wikipedia.org/wiki/À_l%27ombre_des_jeunes_filles_en_fleurs
Roux: https://pt.wikipedia.org/wiki/Roux
Saveur: http://www.saveur.com/article/Recipes/Croque-Madame-Sandwich
Waitrose: http://www.waitrose.com/home/recipes/recipe_directory/b/buttery_croque_monsieur.html
Welsh Rarebit: http://luzdeluma.blogspot.pt/2012/10/welsh-rarebit-de-ray-mailland-e-little.htm

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PARTE IV - AS BATATAS FRITAS SABOROSAS DE JAN

Jan adora batatas fritas e adora fazê-las. Já tínhamos procurado a panela especial para fritá-las. O que achamos na loja chinesa, a que tem tudo. Sào quatro lojas chinesas em Estremoz, as únicas que ficam abertas na hora do almoço.
Vou explicar o processo e vocês vão ter a melhor batata frita caseira possível, macia dentro, crocante por fora e feitas na hora. Saindo da panela direto para o paladar.
Batatas fritas prontas para o paladar.

Primeiro batatas inglesas para fazer batatas palito francesas. Em Portugal achamos facilmente diferentes espécies de batatas e sempre preferimos uma batatas escurinhas que cozinham mais rápido e que poucas vezes vi no Brasil. A diversidade desse tubérculo (Solanum tuberosum L.) nessas terras lusitanas não se compara à do Peru, país de origem desse alimento, onde existem mais de 4.300 variedades, algumas que remontam a oito mil anos, segundo a FAO. Nós usamos no Brasil principalmente a variedade chamada Mondial, comprida, de casca amarela e polpa branca, boa para cozimento e amassamento na forma de purê. Uma outra espécie comum aqui é a Atlantic, que é oval, polpa branca e casca áspera ideal para fazer batatas fritas em rodelas. Em casa compramos principalmente a Asterix, que tem casca num tom de vermelho e polpa amarelo-claro, mais indicada para as famosas batatas palito.

Ingredientes:
Batatas, melhor as do tipo Asterix, na quantidade ao gosto do freguês ou a depender da gulodice dos comensais.
Óleo para fritar
Panela especial com grade de fritura
Papel de cozinha para enxugar
Sal só na mesa, depois da fritura e a gosto.
Jan meu bárbaro holandês guloso que adora fritas!
Alguns bárbaros selvagens, como Jan, costumam estragar o sabor das batatas fritas com maionese e ketchup. Que o façam se o fazem com prazer.
Para mim batatas fritas só pedem sal.








Descascando aquelas batatas escurinhas.



Como fazer:

1- Descasque as batatas. Com um descascador é bem mais rápido.
Batata Asterix já descascada.


Cortador de batatas palito.
2 - Corte na forma dos famosos palitos franceses. Com um cortador desses é bem mais eficiente.
Adoro os instrumentos europeus. Tudo funciona, para despelar, moer, ralar, cortar, abrir latas, afiar, misturar, bater, processar e tudo o mais que se queira fazer na cozinha.
Colocando as batatas sem as pontas no cortador.
Zás, as batatas cortadas perfeitas.
Batatas palitas cortadas perfeitas.

   











Batatas palito perfeitas prontas para a fritura.



3 - Coloque bastante óleo na panela especial, aquela que tem uma grade de fritura onde ficam as batatas.
Usamos dois litros de óleo nessa panela funda e em Portugal há um óleo especial chamado Fula que diminui o cheiro da fritura.
Esse óleo é reaproveitável, não queima, é guardado dentro da própria panela depois de usado, não precisa colocar no frigorífico (como aqui se chama geladeira), pode ser usado até 10 a 15 vezes, desde que não se use para fritura de outros alimentos. Não há problema de clima porque aqui está muito quente.

















Nosso óleo para batatas fritas.
Fula Alimentos é um óleo 100% vegetal (mistura de milho, amendoim, girassol, entre outros) que inclui essências de ervas aromáticas que reduzem o cheiro a fritos. Da propaganda desse óleo consta que "os cozinhados lá em casa vão continuar deliciosos, porque Fula não altera o sabor dos alimentos, mas agora já não tem de se preocupar com os cheiros desagradáveis". Mais:  "9 entre cada 10 consumidoras (eita país machista) consideram que o novo Fula é de facto eficaz a evitar o cheiro a fritos em casa!", de acordo com estudo efetuado junto de 290 consumidoras em agosto de 2009.
Que anúncio cópia daquele antigo glamouroso que dizia: 9 entre 10 estrelas de Hollywood usam o sabonete Lever primeiro, e Lux depois. Desde a década de 30.
NOVO reduz o cheiro a fritos
Propaganda do óleo Fula.
Para descartar o óleo usado, o que tem a ser feito é tão simples que mais parece uma brincadeira de criança. Basta colocá-lo numa garrafa de plástico, tapar bem a garrafa e levá-lo, aqui em Portugal para um oleão. No Brasil só colocar na lixeira e nunca derramar na pia.
Dê um final feliz ao óleo da casa e garanta um futuro melhor para seus filhos e netos e para o planeta. Isso se chama valorizar o óleo alimentar usado e é um assunto sério.
De verdade, para outras frituras só usamos azeite de oliva extra-virgem ou manteiga.

Primeira fritura: cuidado que é quente mesmo!
4 - Quando o óleo está fervendo e chiando, frite a primeira vez por cerca de 4 a 5 minutos, em porções separadas, de modo que haja espaço entre as batatas.

Batatas quarando e secando o óleo.












5 - Tire as batatas da panela e estenda em papéis de cozinha para secar, enxugando-as de uma a uma. Você vai ter uma quaração de batatas ou um estendal de batatas palito.
Deixe as batatas já fritas e enxutas, o que tira o excesso de óleo, num recipiente esperando por
uma hora.



Batatas enxutas à espera da segunda fritura







6 - Depois desse tempo, enquanto a boca saliva e o estômago ronca, frite pela segunda vez, nas mesmas condições, por mais 3 a 4 minutos.

Elas ficam amarelinhas, meio douradas e deliciosas.
Podem acreditar.




Que já começou.

Jan tomando conta da fritura.



























Regra para não engordar (tanto): faça uma a duas vezes por semana. Aqui fazemos duas vezes por semana.

Se você quer usar batatas congeladas de supermercado siga as mesmas regras, indo direto para a primeira fritura, secando, esperando e fritando de novo. Não precisa descongelar, aliás nunca, nunca mesmo descongelar.
Dica interessante: é aconselhável cozinhar as batatas para outras receitas sempre com casca, pois os nutrientes existentes na camada secundária abaixo da pele são muito importantes para a saúde.
Se tiver que cozinhar batatas despeladas, aproveite a água da cozedura para colocar nas plantas, poia a água é rica em fósforo, potássio e outros elementos que as plantas adoram

Assim como as plantas também adoramos as batatas fritas!

Chamamos batata frita tipo palito, mas não se sabe exatamente a verdadeira origem dessa delícia, a descussão ficando para o país criador entre Bélgica, França e Espanha. Em 1861 o historiador belga Jo Gerald já menciona batatas sendo fritas na região da Bélgica (na época Países Baixos espanhóis).
Na França há registros de receitas de batatas fritas no livro "Les Soupers de la Cour", de Menon, em 1758.

Sempre se usa o nome "French fries"(em inglês), batatas francesas, fritas francesas como uma alusão a sua suposta origem francesa. Há ainda a alegação de que o prato foi criado na Espanha, primeiro país a receber as batatas do Novo mundo. De acordo com o curador do Frietmuseum (atenção, um museu de batatas fritas), em Bruges na Bélgica, o Professor Paul Ilegems, Santa Teresa de Ávila teria fritado as primeiras batatas de acordo com o costume da cozinha mediterrânea de pratos fritos.

Santa Teresa de Ávila, por mais isso lhe adoramos.
Quase um milagre esse das batatas fritas, fritas por santas mãos, perdurando por séculos e séculos, amén.

Referências:
Óleo Fula - www.fula.pt
Anúncios Lever/ Lux - http://revistaquem.globo.com/Quem/0,,EMI301936-18528,00-OS+SLOGANS+DE+LUX.html
Origem da batata frita: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batata_frita
Frietmuseum ou museu da batata frita: https://pt.wikipedia.org/wiki/Frietmuseum























sábado, 22 de agosto de 2015

PARTE III - USANDO PRODUTOS DA HORTA

Aqui no Alentejo a convivência com as pessoas lembra as cidades do interior ou as ruas de casas do meu tempo de infância. Temos somente uma casa vizinha, a casa de André Violette, canadense de Québec, sua esposa portuguesa marquesa Gabriela Diaz-Bérrio e sua filha Francisca Violette.
A rua que separa a casa de Gabriela à esquerda da nossa à direita.

Vista da nossa varanda tirada em junho de 2014.
Temos outros vizinhos distantes mas há uma troca de gentilezas e de presentes entre nós. Amanheço um dia com uma tigela com uns quatro quilos de tomates da horta, super frescos, uma abobrinha gigante, dois pimentões gigantes, dados por uma vizinha mais longe com quem estive uma única vez numa festa de casamento. Quase todos os dias recebemos pimentas verdes ou vermelhas, tomates, laranjas.





Não conseguimos comer tudo num prazo curto. Aí decidi colocar a mão na massa literalmente e preparar algumas gostosuras com esses presentes campestres.

Primeiro os tomates. Consultei receitas, lembrei do molho de tomate de Michela Mansuino,  mãe de meu neto Paulo (que uma vez me ensinou, há muitos anos atrás) e resolvi juntar tudo e fazer minha própria receita. Que não só deu certo como ficou deliciosa. Nem gosto tanto de molho de tomate mas esse, esse molho é de saborear ou comer de joelhos como diz Ana Maria Braga em seu programa.

Nosso próximo plano é cultivar nossos tomates.
Tomates são decorativos plantados em vasos.
Vou espionar os de Gabriela para começar nossa horta. Aliás Gabriela sempre me ajuda com plantas e com o jardim que ainda não tenho mas vou ter breve.
Para cozinhar primeiro: luvas e avental. E muito papel de cozinha para sujar o mínimo, porque as sementes de tomate são rodeadas por uma matriz aquosa que se retiradas no papel vão embrulhadinhas para o lixo.
Aqui o lema "Zero Waste" ainda não chegou ao lixo.
O tomate é um fruto  (Solanum lycopersicum) originário do continente sulamericano, introduzido na Europa pelos espanhóis mais pela beleza que pelas suas propriedades culinárias ainda desconhecidas e até considerado venenoso. Se fala do caso de um inglês que juntava multidões nas feiras para comer tomates como se fosse uma façanha.
 Em francês o tomate é chamado "pomme d' amour", maçã do amor (propriedades afrodisíacas sugeridas) e na Itália "pomodoro", maçã dourada porque os primeiros tomates que por lá chegaram eram de uma espécie amarela.
Em inglês o tomate pode ser tomato nos Estados Unidos ou tomato na Inglaterra. A diferença você pode conferir na música que Ella Fitzgerald canta: "Let's Call The Whole Thing Off":
You like potato and I like potahto
You like tomato and I like tomahto
Potato, potahto, Tomato, tomahto.
Let's call the whole thing off
Portugal produz uma enorme quantidade de tomates com uma produtividade de 92 toneladas por hectare,  a segunda do mundo em 2012, superada apenas pela eficiência californiana. Apesar de ser um fruto no sentido botânico do termo, o tomate é tratado como um legume na cozinha. Garanto que é fruto para meu sobrinho João Paulo Querette e para meus netos João, Leonardo e Rafael filhos de Eduardo Altino.

MOLHO DE TOMATE FEITO EM CASA NO ALENTEJO


Ingredientes:
1 quilo e meio de tomates redondos bem maduros (fiz com 3 quilos, que era o que tinha em casa) 
4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
1 colher de sopa rasa de açúcar
1 pitada generosa de pimenta do reino
1 colher de sopa de sal
1 cebola grande ralada ou duas cebolas médias
2 dentes de alho amassados (usei ralados)
1 colher de chá de cominho (opcional)
1 folha de louro
1 cenoura sem pele ralada (uma a duas dependendo do tamanho da cenoura)
1 linguiça sem pele ralada
Folhas de manjericão.

Primeiro despelar os tomates: faça um corte em cruz nos tomates e coloque em água fervente por cerca de um minuto. Transferir então os tomates para uma bacia com água bem gelada (pode colocar gelo também na água) pelo mesmo tempo. Depois desse banho os tomates estão prontos para serem desnudados. O frio interrompe o cozimento dos tomates e facilita a saída das cascas que tirei com a ajuda de um descascador e com as mãos.
Os tomates já despelados. O descascador que usei.

Corte os tomates já pelados em 2 ou 4 partes (como preferir) e retire todas as sementes com os dedos.


Os tomates sem sementes prontos para o processador.










Processe os tomates já sem pele e sem sementes num processador. Poderia ser num liquidificador, mas a consistência mais grossa dada pelo processador é melhor. 












Rale a cebola, o alho, a cenoura e a linguiça.
Cebola e alho, linguiça e cenoura ralados.















Todos os ingredientes prontos. Na foto estão faltando o açúcar e a água.
Manjericão fresco na janela da cozinha.

















Coloque as colheres de sopa de azeite numa panela grande e quando ferver coloque a cebola e o alho para fritar ligeiramente.
Adicione todos os tomates de uma vez.

Adicione a cenoura, a linguiça, o cominho, a folha de louro, o sal, a pimenta (usei pimenta preta moída que adoro), as folhas de manjericão e a água (coloco água já fervida no bule elétrico).
Ponha então o açúcar que tira a acidez típica e desagradável dos molhos de tomate mal feitos. Nunca esqueça o açúcar que pode ser acrescentado mesmo nos molhos comprados prontos.
Deixe cozinhar por um longo tempo (pelo menos 30 a 40 minutos) até a redução do molho no ponto desejado. Melhor deixar o molho bem grosso. Mais gostoso e adere melhor às massas.

O cheiro invade a cozinha de forma inebriante. Aguça o seu paladar para experimentar o molho com uma massa à noite. Fizemos ravioli de carne com esse molho e queijo parmesão ralado. 
Quanto melhor o queijo mais saboroso.
Nosso ravioli maravilhoso.

Guarde esse molho espesso em vidros com tampas herméticas, dividido nas porções que vão ser usadas na geladeira e bom apetite. Smakelijk eten!

Já usei esse molho em várias receitas e numa que ficou ótima: camarões ao molho de coco.










A letra da música que fala da pronúncia de tomato e potato. Escrita por Ira e George Gershwin.

"Let's Call The Whole Thing Off"
Things have come to a pretty pass
Our romance is growing flat,
For you like this and the other
While I go for this and that,

Goodness knows what the end will be
Oh I don't know where I'm at
It looks as if we two will never be one
Something must be done:

You say either and I say either,
You say neither and I say neither
Either, either Neither, neither
Let's call the whole thing off.

You like potato and I like potahto
You like tomato and I like tomahto
Potato, potahto, Tomato, tomahto.
Let's call the whole thing off

But oh, if we call the whole thing off
Then we must part
And oh, if we ever part, then that might break my heart

So if you like pyjamas and I like pyjahmas,
I'll wear pyjamas and give up pyajahmas
For we know we need each other so we
Better call the whole thing off
Let's call the whole thing off.

You say laughter and I say larfter
You say after and I say arfter
Laughter, larfter after arfter
Let's call the whole thing off,

You like vanilla and I like vanella
You saspiralla, and I saspirella
Vanilla vanella chocolate strawberry
Let's call the whole thing off

But oh if we call the whole thing of then we must part
And oh, if we ever part, then that might break my heart

So if you go for oysters and I go for ersters
I'll order oysters and cancel the ersters
For we know we need each other so we
Better call the calling off off,
Let's call the whole thing off.

I say father, and you say pater,
I saw mother and you say mater
Pater, mater Uncle, auntie let's call the whole thing off.

I like bananas and you like banahnahs
I say Havana and I get Havahnah
Bananas, banahnahs Havana, Havahnah
Go your way, I'll go mine

So if I go for scallops and you go for lobsters,
So all right no contest we'll order lobster
For we know we need each other so we
Better call the calling off off,
Let's call the whole thing off.